Elenir Teixeira, moradora de Itanhaém, tem cerca de 300 obras em casa.
Exposições da artista já percorreram diversos países.
Há cerca de 60 anos uma pintora transforma sua inspiração em obras de arte, a maioria das telas levam traçados coloridos e alegres, que remetem a alguma fase da vida cheia de histórias. A pintora Elenir de Oliveira Teixeira, de 75 anos, acumula mais de 300 obras e transformou sua casa em um ateliê de arte. Agora, aceitou como novo desafio as aulas de informática e pretende montar um acervo digital com suas pinturas. Elenir afirma que foi aluna de Di Cavalcanti, entre outros artistas.
Moradora de Itanhaém, no litoral de São Paulo, a artista que já expôs nos Estados Unidos, França, Chile, Espanha e em diversas cidades pelo Brasil, agora leva uma vida calma à beira da praia. Ela mora com o marido em uma casa no litoral e passa seu tempo pintando. O casal resolveu iniciar uma nova atividade, e se matricularam em aulas de informática para a terceira idade.
Elenir revela que a vontade de fazer o curso surgiu da necessidade em manter-se atualizada. “O computador de casa estava parado há um ano. Sabe que a gente fica analfabeta, está todo mundo agora na informática, a gente precisa saber se interar sobre as coisas. Tenho facebook e recebo e-mail. Estamos aprendendo a mexer no skype, essas coisas mais avançadas”, diz.A ideia de digitalizar suas obras surgiu da professora de informática. Elenir conta que ela foi “descoberta” pelos colegas de classe por meio de uma atividade na aula. “Estávamos aprendendo a usar um site de buscas, e cada aluno tinha que digitar o nome do colega. Assim descobriram que eu era pintora. Com isso, a professora deu a ideia para eu levar os quadros às aulas. Estou aprendendo ainda, mas estou gostando demais. Faço no paint, ainda não estou muito prática, para desenhar eu tenho a mão muito firme, no mouse é diferente, mas não dá para ficar por fora. Acho legal, mas ainda prefiro a pintura, a técnica, tem que ser na mão mesmo”, revela a artista.
Elenir mantém em sua casa todos os quadros expostos, são cerca de 300, que ocupam quase todas as paredes, do chão até o teto. “Só faltam quadros nas paredes do banheiro e da cozinha”, brinca Elenir. Para ela, sua obra favorita é uma feita em 1954, em que ela retrata a Escola Municipal de Belas Artes, localizada em um bosque em Ribeirão Preto, local onde aos 14 anos ela começou a estudar. Elenir conta que os críticos do Rio de Janeiro denominaram sua arte como primitivismo com tendência ao surrealismo fantástico.
A artista também morou em São Paulo, onde cursou a Faculdade de Belas Artes. Entre seus professores e orientadores pessoais, estavam Di Cavalcanti, Antonio Palocci, Domenico Lazzarini e Oswald de Andrade Filho. Elenir se enche de orgulho ao ler uma homenagem recebida pelo escritor e pintor Oswald de Andrade Filho, que era seu amigo e conselheiro. “Fora com os preconceitos contra a gostosa arte brasileira. Nossa realidade é essa, é o cinema com ‘Macunaíma’, com ‘A hora e vez de Augusto Matraga’. É Tarsila, é Di Cavalcanti, é Mário de Andrade, é Guimarães Rosa, é Theodoro Nogueira. E hoje, também é Elenir”, narra a artista orgulhosa.
Fonte: Globo.com
Querida conheço suas obras são dignas de todo mérito. São obras que retratam bem um realidade primitivismo.Acho lindo tem histórias Parabéns! Senhora Elenir Fiquei feliz em saber das suas aulas de informática, exemplo de mulher.