“Fora com os preconceitos contra a gostosa arte brasileira. Nossa realidade é essa, é o cinema com ‘Macunaíma’, com ‘A hora e vez de Augusto Matraga’. É Tarsila, é Di Cavalcanti, é Mário de Andrade, é Guimarães Rosa, é Theodoro Nogueira. E hoje, também é Elenir”
Oswald de Andrade Filho
“A pintura de Elenir tem gosto de terra. As cores tristes, sóbrias, discretas de Elenir Teixeira são suas; uma invenção pessoal que esconde, sem dúvida, uma alma triste e tímida… Sua obra não me parece feita de sonho nem de nostalgia da infância ou seja lá o que for. Mulher nascida e criada em zona rural paulista, ela carrega consigo aquela pureza, aquela ingenuidade, aquela honestidade, aquela sinceridade que nós, os urbanos poluídos, por mil demônios humanos e físicos, já não temos há muito tempo…”
Olney Kruse
” … Estava faltando o interprete visual do grande livro de Euclides. Agora apareceu.Trata-se da jovem pintora paulista Elenir de Oliveira Teixeira. Com largas pinceladas,traços finos ou grossos, colorido ora violento, ora ameno, figuras reais ou simbólicas, Elenir vive em suas telas e gravuras o drama de “Os Sertões”…
Ed Nan.
” … Estava ausente o fato de um artista reproduzir o ciclo de “Os Sertões”. Elenir de Oliveira Teixeira o fêz , numa elaboração autêntica e objetiva.
Seqüência assombrosamente os relatos, e com seu estilo definido, busca uma comunicação que tangencia o nosso livro-bíblia da nacionalidade…” Hugo Beolchi Júnior
“Não gostaria que minhas palavras estabelecessem um limite para a arte que emana de sua pintura, Elenir, que é toda um jôrro espontâneo de beleza mesmo tendo Tarsila como ponto de referência o Leger. Elenir, que artista que você é”
Dionísio Azevedo – São Paulo – Outubro – 1976
” Elenir pinta calmamente a realidade que vai criando, indiferente aos rodamoinhos que a atual atitude artística e “anti-artística” motivam. Volta-se para as formas impregnadas do telúrico, amenizando e compondo com amor e compreensão a exuberância tropical. As côres, nas suas telas , velam-se através de tonalidades suavizadas pelas textura e união de tons provocados pela cuidadosa manipulação-do pincel.
Lembra-nos, sem perder a personalidade que a vem formando, a larguesa de planos recortados pelo desenho firme de Tarsila Amaral e, em muitas das suas composições, de grande beleza, Leger.
Elenir é uma artista que, embora humilde diante dos fatos que a rodeiam-uma grande qualidade, sabe o que quer e atira-se ao seu objetivo.”
São Paulo, agosto de 1972.
Paulo Menten
“Elenir é uma autêntica afirmação da jovem pintura brasileira. A excelente ilustradora de Euclides da Cunha, consegue nos transmitir toda alma de “Os Sertões”, através seus desenhos, óleos e xilogravuras.”
Noemia Mourão